terça-feira, 17 de novembro de 2009

A CONSPIRAÇÃO FRANCISCANA E OUTRAS CONSPIRAÇÕES

Fui sisudamente interpelado sobre o tema da conspiração franciscana. Nunca imaginei que nós, os Irmãos Menores de diferentes capuzes, seriamos capazes de tal patacoada. Nós, conspiradores?!
Os estigmas de Francisco de Assis, o que são? A resposta dele morreu com ele. Más, podemos especular, ou, se assim desejarem os vendedores de livros, conspirar.
Francisco é santo por estigmatizado ou estigmatizado por ser santo? Santidade por capricho de Deus ou por serviço aos hansenianos? No caso de ter contraído hanseníase e haver sido chagado por ela, diminui em algo o seu ser chagado e o seu ser Santo? Onde reside o mérito das chagas? Nas chagas mesmas ou em outro lugar? As chagas são um milagre? Qual é a diferença entre milagre, magia, mágica e conspiração?
O milagre evangélico do serviço desinteressado ao outro chagou Francisco de Assis. Como isso aconteceu? Esse é o tipo de pergunta de quem gosta de novela e de conspiração para vender relíquias e livros sobre conspiração.
A pergunta correta é: como faço para servir aos outros desinteressadamente? Servir desinteressadamente aos outros não é milagre nem obra de caridade nem conspiração, é critério evangélico para inscrever ou não nomes no livro da vida.
Não se trata de evitar ou de ter uma opinião crítica em relação à ficção, mas sim, ter uma convicção profunda, sólida e bem trabalhada em relação aos propósitos evangélicos da própria vida.
Se uma novela de ficção é capaz de comover as convicções profundas, então, na verdade, essas convicções não mais que novela e ficção.
Qual era mesmo a conspiração?

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